sexta-feira, 19 de março de 2010

Mesa do Canto

Crónicas da mesa do canto!

Luísa era uma menina doce e bem comportada…
Bordadeira por natureza e com mãos delicadas…
Capazes de fazer inveja à mais suave das ternuras…

António era um moço irrequieto…
Pintas por defeito, artista por tradição…
Engana quem pode, é enganado porque quer…

Luísa e António cruzam-se algures por Lisboa…
Constroem uma muralha em seu redor…
Muito afecto inicial…
Passa rapidamente ao devaneio…
E ambos se tornam maltrapilhos…

Luísa transformam-se…
Antonio retrocede…
Em caminhos separados…
Mas que por vezes se cruzam….
Pelos cantos de uma qualquer esquina…

No fim…

Luísa aprende o oficio…
E como aprendeu…
António na amargura quedou…
Suspirando por Luísa…
Que por aí anda …
A aplicar truques e magia…
De regalo e fortuna….
Até um dia se fartar…

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